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  • Foto do escritorCrisUeda

Sou um grande mosaico.

No final do ano, entre muitas mensagens, ganhei de presente um poema “Sou feita de retalhos” (coloquei no final desse artigo).


Achei lindíssima a analogia “... pedaços de outras gentes que vão se tornando parte da gente também”.


Nós temos a nossa identidade e essência, porém nos moldamos com referências de outras pessoas. Escolhemos os pedaços que queremos que façam parte da nossa colcha.


Na hora me lembrei também daqueles mosaicos formados por diferentes pedaços de azulejos. Alguns formam um desenho definido e outros são apenas um conjunto de diferentes azulejos juntos. Depende do objetivo e intenção de cada artista.


Fiquei pensando quais foram os ‘azulejos’ que escolhi juntar na minha vida até agora. Quais foram as pessoas que me influenciaram a ser quem eu sou. Quais foram aquelas que decidi não serem minhas referências (não por desprezo ou arrogância, simplesmente porque elas não se encaixaram na imagem que eu busco formar de mim mesma). Quero que a minha imagem percebida seja como aqueles mosaicos que têm um desenho claro e definido.


E assim como no poema, “...que eu também possa deixar pedacinhos de mim pelos caminhos e que eles possam ser parte das suas histórias...” quero ser o ‘azulejo’ estratégico na imagem de outras pessoas.


E você? Quais retalhos você está escolhendo costurar na sua vida? Qual azulejo não encaixa mais no seu desenho? Qual imagem você está formando com o seu mosaico?




“Sou feita de retalhos.

Pedacinhos coloridos de cada vida que passa pela minha e que vou costurando na alma.

Nem sempre bonitos, nem sempre felizes, mas me acrescentam e me fazem ser quem eu sou.

Em cada encontro, em cada contato, vou ficando maior...

Em cada retalho, uma vida, uma lição, um carinho, uma saudade...

Que me tornam mais pessoa, mais humana, mais completa.

E penso que é assim mesmo que a vida se faz: de pedaços de outras gentes que vão se tornando parte da gente também.

E a melhor parte é que nunca estaremos prontos, finalizados...

Haverá sempre um retalho novo para adicionar à alma.

Portanto, obrigada a cada um de vocês, que fazem parte da minha vida e que me permitem engrandecer minha história com os retalhos deixados em mim. Que eu também possa deixar pedacinhos de mim pelos caminhos e que eles possam ser parte das suas histórias.

E que assim, de retalho em retalho, possamos nos tornar, um dia, um imenso bordado de "nós". (Cris Pizzimenti)

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