Um ritual afetuoso que tento manter em todos os aniversários de amigos ou familiares é escrever á mão um cartão para o aniversariante. E o curioso é que a maioria das pessoas comenta: “depois que recebi o seu primeiro cartão, comecei a escrever também para os meus amigos...”
Nesse mês de outubro foi o meu aniversário. Como sempre, não fiz uma grande festa. Sou do tipo que gosta celebrar de forma intimista. Prefiro sair em diferentes dias com grupos pequenos de amigos e família. Esse tipo de comemoração, em suaves prestações, me possibilita dar atenção e conversar com todos na mesa.
Dessa forma, outubro foi o meu momento de receber cartões de amigos e familiares. Ontem juntei todos e reparei algo interessante: pessoas de turmas, idades e cidades diferentes escreveram coisas muito parecidas pra mim. Me senti literalmente presenteada.
Não estou falando de frases estilo cartões Hallmark “Desejo muita saúde, paz e Amor”. Nada contra, mas estou falando de mensagens personalizadas e direcionadas pra mim. Aquelas que dificilmente serviria para outra pessoa. “Cris, continue sendo assim e assado. O seu jeito, assim e assado. Você é uma pessoa, assim e assado... ”
Depois que me tornei consultora de Personal Branding, peguei esse costume de reparar como sou percebida pelos outros. Se a imagem que as pessoas têm de mim está coerente e consistente com o que quero para a minha Marca Pessoal.
Alguns vão dizer “Ah, mas era o seu aniversário ninguém escreveria algo ruim.” Concordo. Mas não precisariam escrever um cartão, mandar mensagens, me ligar ou até mesmo me dar parabéns. E não é algo que faço apenas uma vez por ano. Eu presto atenção em todos os momentos, em todas as interações com diferentes tipos de conexões, pessoais ou profissionais.
É uma prática egotrip? Seria se eu ficasse expondo a qualquer custo ou contando vantagem dos comentários positivos. Eu encaro isso como um exercício de autopercepção, uma reflexão que me ajuda a ajustar e lapidar a minha Marca Pessoal.
E você? Faz esse exercício também?