Sempre que eu conto a minha história e trajetória profissional, as pessoas me perguntam:
“Mas POR QUÊ??? Por que você desistiu do corporativo e foi para a consultoria?”
O fato é que, nos últimos anos, a minha instabilidade emocional trabalhando em empresa era infinitamente maior do que a estabilidade do salário no dia 30 de cada mês. Dessa forma, não houve desistência do corporativo, simplesmente chegou um momento que EU não me encaixei mais nele.
“Mas como você chegou no Personal Branding?”
Quando eu trabalhava na área de MKT, fui sempre desafiada a dar o meu melhor e consertar o meu pior. Foram muitos feedbacks, avaliações 360º e planos de ação. Os meus pontos a desenvolver mudavam conforme as diferentes culturas, a minha maturidade, o escopo do trabalho e as necessidades da empresa. Entretanto, tinha um ponto que era recorrente: “Cris, você precisa se expor e falar mais. Tem que aparecer!”
Esse feedback virava obrigação e doía, porque para uma pessoa introspectiva é pedir que ela faça um esforço sobrenatural, sacrificante e profundamente desconfortável. Eu estava me anulando e tentando ser quem eu não era, só para me encaixar na turma.
Foi então que em 2016, por conta de um tombo bom da vida, tive o meu momento Eureka! A minha dor se tornou a minha fortaleza!!!
A introspecção me deu habilidade de escutar ativamente, ser uma pessoa mais observadora, atenta a comunicação não-verbal e ouvir as palavras não ditas.
Então busquei uma consultoria que considerasse: meu amor e bagagem de MKT + minha paixão que é ajudar a desenvolver pessoas + a minha dor. Encontrei o Personal Branding, que é fazer gestão da Marca Pessoal de forma estratégica.
O saber ouvir se tornou o pilar da minha consultoria. Periodicamente faço uma pesquisa de percepção da minha Marca Pessoal, com alguns contatos e ex clientes. Checo se a minha Comunicação está alinhada com a estratégia e posicionamento, que eu tracei para a minha Imagem Profissional. Mês passado refiz essa avaliação e fiquei imensamente feliz de ver que estou mantendo a minha capacidade de escutar atentamente o outro. Ser reconhecida por isso é a minha estabilidade emocional no trabalho.
Fato curioso: hoje em dia estou me expondo mais, adoro fazer palestras e uso as minhas mídias para estar presente com frequência. Tudo isso de forma natural e prazerosa.
Isso quer dizer que não sou mais introspectiva? Não. Isso quer dizer que hoje estou mais confortável e expondo do meu jeito, sem pressão ou cobranças externas.
Por isso, fique atento e não se reprima. O que muitos podem enxergar em você como um ponto fraco ou uma deficiência, você pode lapidar e descobrir o seu maior tesouro.
CrisUeda / Personal Brander_ Consultora em Gestão de Marca Pessoal e Comunicação Profissional
Comments